sexta-feira, fevereiro 29, 2008

Tipinhos odiosos

Eu odeio vários tipos de pessoa. Muitos mesmo. Ainda assim, eu não me canso de perceber que existem sempre novos modelos odiáveis capazes de fazer nossa bile transbordar.

Pra falar a verdade, são tantos motivos para detestar que pode até ter gente que me inclua em alguns deles, mas vestido com a coragem e a propensão para denunciar o mal que vem marcando minha passagem pelo planeta e, mais especificamente, por este blog, segue aí uma pequena listinha para que os estimados leitores possam também odiar:

- o “cagüeta furtivo”: esse é o cara que, por total ausência de talento e caráter, se valoriza única e exclusivamente falando mal do trabalho dos outros.

- o “amigo do rei”: o nome é explicativo, mas é aquela figura que, apesar da latente incapacidade profissional e desvio de personalidade, aproveita-se do relacionamento com o “dono da boca” para galgar os degraus na empresa, na política ou na sociedade em geral.

- o “gênio fantasma”: qualquer um que descaradamente assuma a autoria de trabalhos dos outros. Normalmente trabalhos que ele inicialmente olhou com desdém.

- o “chupim inconseqüente”: seu lema é “me dá, me dá, me dá”. Suga ao máximo os que estão à sua volta e, inexplicavelmente, dorme com um sorriso nos lábios noite após noite.

- o “vaselina”: assumir uma posição é algo impensável para ele. Na segunda guerra eram aqueles que conseguiam estar bem com judeus e nazistas ao mesmo tempo. Normalmente se encaixa também no perfil “chupim inconseqüente”.

- o “pau-mandado”: incapaz de ter uma idéia original, é o rei da inflexibilidade. É o cara que está sempre obedecendo ordens e que, normalmente, serve apenas para fazer cumprir horários. Corre o sério risco de ver sua cabeça explodir caso pense por si só.

- o “encarregado”: esse aí precisa tomar decisões sempre, mesmo sem ter a menor qualificação para tanto. Sendo assim, trata os subalternos e fornecedores como se soubesse o que faz, disparando frases como “faça o que eu mandei” ou “preciso disso agora e pronto”. Costumam ter longas carreiras e relacionamentos pessoais miseráveis.


PS – alguns FDP podem incluir-se em várias das categorias simultaneamente.




Direto na têmpora: Rue de Ménilmontant - Camille

13 comentários:

Anônimo disse...

É isso aí redartozim: os séculos passam mas os tipos continuam a existir, com mudança de títulos, é claro: "puxa saco", "quiabo", "capacho", "sangue suga" e, por aí vai

redatozim disse...

Só muda o endereço da zona onde a mãe trabalha, anônimo.

Anônimo disse...

Estava lendo a relação e justamente pensando naqueilo que você fala no final: o pior é que têm alguns que acumulam mais de um enquadramento. Triste...
Don Oliva

redatozim disse...

Sim, Don Oliva, afinal o profissional moderno precisa ter um perfil multitarefa.

ars351 disse...

lembrei daquele smurf que odiava a tudo e a todos. coloque uma rosa no coração, redatozim.

redatozim disse...

Eu não odeio a tudo e a todos, toomuchcoffeeman. Como diz a frase de abertura do post, "eu odeio vários tipos de pessoa", o que implica dizer que amo as outras variedades. No entanto, pessoas que utilizam a expressão "coloque uma rosa no coração" correm o sério risco de cair na categoria de gente que eu odeio.

ars351 disse...

eu "pido" pra sair, capitão!

redatozim disse...

hahahahaha pede não, toomuchcoffeeman

Anônimo disse...

olha, eu odeio muito tudo isso mesmo!Nem sei qual o pior.. E o que dá vontade de correr é que podemos encontrar todas estas criaturas odiosas num mesmo lugar! e as vezes mais de um de cada categoria...AAAAAARGH

redatozim disse...

E normalmente encontramos em um certo lugar onde passamos um terço (no mínimo) dos nosso dias. É como diz o ditado: "eu não ligo do mundo estar cheio de filhos da puta, mas por que é que todos eles precisam trabalhar comigo, meu Deus?"

Michelle Lapouble Do Verge disse...

Odeiooooooooooooo.....todos eles e o pior...é que estamos cercados destes individuos.
A cada dia é mais dificil achar pessoas integras e bacanas....mais estes FDP proliferam como praga.

redatozim disse...

É até fácil encontrar estas pessoas bacanas, Michelle, o difícil é ter a sorte de trabalhar com elas.

Unknown disse...

falou tudo guru!