Eu odeio vários tipos de pessoa. Muitos mesmo. Ainda assim, eu não me canso de perceber que existem sempre novos modelos odiáveis capazes de fazer nossa bile transbordar.
Pra falar a verdade, são tantos motivos para detestar que pode até ter gente que me inclua em alguns deles, mas vestido com a coragem e a propensão para denunciar o mal que vem marcando minha passagem pelo planeta e, mais especificamente, por este blog, segue aí uma pequena listinha para que os estimados leitores possam também odiar:
- o “cagüeta furtivo”: esse é o cara que, por total ausência de talento e caráter, se valoriza única e exclusivamente falando mal do trabalho dos outros.
- o “amigo do rei”: o nome é explicativo, mas é aquela figura que, apesar da latente incapacidade profissional e desvio de personalidade, aproveita-se do relacionamento com o “dono da boca” para galgar os degraus na empresa, na política ou na sociedade em geral.
- o “gênio fantasma”: qualquer um que descaradamente assuma a autoria de trabalhos dos outros. Normalmente trabalhos que ele inicialmente olhou com desdém.
- o “chupim inconseqüente”: seu lema é “me dá, me dá, me dá”. Suga ao máximo os que estão à sua volta e, inexplicavelmente, dorme com um sorriso nos lábios noite após noite.
- o “vaselina”: assumir uma posição é algo impensável para ele. Na segunda guerra eram aqueles que conseguiam estar bem com judeus e nazistas ao mesmo tempo. Normalmente se encaixa também no perfil “chupim inconseqüente”.
- o “pau-mandado”: incapaz de ter uma idéia original, é o rei da inflexibilidade. É o cara que está sempre obedecendo ordens e que, normalmente, serve apenas para fazer cumprir horários. Corre o sério risco de ver sua cabeça explodir caso pense por si só.
- o “encarregado”: esse aí precisa tomar decisões sempre, mesmo sem ter a menor qualificação para tanto. Sendo assim, trata os subalternos e fornecedores como se soubesse o que faz, disparando frases como “faça o que eu mandei” ou “preciso disso agora e pronto”. Costumam ter longas carreiras e relacionamentos pessoais miseráveis.
PS – alguns FDP podem incluir-se em várias das categorias simultaneamente.
Direto na têmpora: Rue de Ménilmontant - Camille
13 comentários:
É isso aí redartozim: os séculos passam mas os tipos continuam a existir, com mudança de títulos, é claro: "puxa saco", "quiabo", "capacho", "sangue suga" e, por aí vai
Só muda o endereço da zona onde a mãe trabalha, anônimo.
Estava lendo a relação e justamente pensando naqueilo que você fala no final: o pior é que têm alguns que acumulam mais de um enquadramento. Triste...
Don Oliva
Sim, Don Oliva, afinal o profissional moderno precisa ter um perfil multitarefa.
lembrei daquele smurf que odiava a tudo e a todos. coloque uma rosa no coração, redatozim.
Eu não odeio a tudo e a todos, toomuchcoffeeman. Como diz a frase de abertura do post, "eu odeio vários tipos de pessoa", o que implica dizer que amo as outras variedades. No entanto, pessoas que utilizam a expressão "coloque uma rosa no coração" correm o sério risco de cair na categoria de gente que eu odeio.
eu "pido" pra sair, capitão!
hahahahaha pede não, toomuchcoffeeman
olha, eu odeio muito tudo isso mesmo!Nem sei qual o pior.. E o que dá vontade de correr é que podemos encontrar todas estas criaturas odiosas num mesmo lugar! e as vezes mais de um de cada categoria...AAAAAARGH
E normalmente encontramos em um certo lugar onde passamos um terço (no mínimo) dos nosso dias. É como diz o ditado: "eu não ligo do mundo estar cheio de filhos da puta, mas por que é que todos eles precisam trabalhar comigo, meu Deus?"
Odeiooooooooooooo.....todos eles e o pior...é que estamos cercados destes individuos.
A cada dia é mais dificil achar pessoas integras e bacanas....mais estes FDP proliferam como praga.
É até fácil encontrar estas pessoas bacanas, Michelle, o difícil é ter a sorte de trabalhar com elas.
falou tudo guru!
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