Não levo muito jeito pra política. Apesar de ser bastante cara-de-pau, a chance de mandar o opositor tomar no cu em pleno debate da Globo é enorme e por isso pretendo me manter afastado da vida pública.
No entanto, procuro apoio de vereadores, deputados estaduais ou federais e até mesmo senadores na minha luta pela ampliação da Hora do Soninho para todos os profissionais brasileiros. Por que parar no maternal? Não é justo um cochilo de meia hora no meio da tarde para trabalhadores esforçados como nós?
Tenho certeza de que o Vina, a Adriana e o Euler, como empresários de visão que são, encampariam esta luta e instituiriam a Hora do Soninho na TOM imediatamente, mas como sou uma alma magnânima e penso sempre nos outros, não é pela firma que quero começar.
O que busco é apoio político para que todo brasileiro tenha direito àquela cochilada sensacional em pleno expediente. Junto com a semana de 4 dias úteis (minha grande e verdadeira luta), a Hora do Soninho seria a maior revolução nas relações trabalhistas do país desde Getúlio Vargas.
Para deflagrar esta cruzada peço o auxílio de vocês, diretores de arte, designers e pessoas com um mínimo de bom gosto. Criemos uma camisa como a que me inspirou no threadless e iniciemos a batalha.
Por uma semana de 4 dias! Hora do soninho para todos! Vagabundos unidos jamais serão vencidos!
Direto na têmpora: Out all night - The Pietasters
10 comentários:
Tenho o orgulho de ser a primeira a apoiar publicamente a empreitada. Que comece a campanha!
Rumo à vitória, Heleninha! Eu sempre soube que por trás destas mãozinhas laboriosas havia uma pessoa à toa.
eu apoio esta cruzada quixotesca, mas odeio este lance de camiseta panfletária.
O uso da camisa é opcional, meu nobre correligionário. Pensando bem, descamisados pode ser até melhor. Una-se às fileiras revolucionárias e marchemos em frente. Se a gente dormir no ponto, vai ficar sem soninho.
Hora do Soninho só se for com direito à gente estender a tolhinha no chão.
Cara, acabei de me lembrar de uma história trágica acontecida na Hora do Soninho. Início da década de 70, Instituto de Educacão. Inadvertidamente, um fax escapole e suja meu uniforme todinho. Chego até a professora e comunico o acontecido. Ela chama a servente (sim, naquela época escola pública tinha servente) que vai comigo até o banheiro dos meninos. Lá dentro, a última cabine é reservada apenas aos borra-calças. Ela me lava todo e troca meu uniforme borrado por um sobressalente. É aí que começa a humilhação. Em vez do meu nome, o uniforme trazia na frente, em letras grandes e bordadas, o nome Washington (acho que era esse mesmo). Com certeza devia ser o uniforme de outro cagão que deixara o uniforme pra ser lavado na própria escola. E pior: como o uniforme era uma jardineira, tinha uma fivela que prendia as alças atrás. Esse não tinha. Para prender, tinha de ser dado um nó bem no meio das costas. Lá fui eu pra sala com o uniforme desbotado de um tal de Washington. Todo mundo sacou na hora. Um vexame. Sai o Rubens e volta o Washington. E na hora de deitar na toalhinha, a professora mandava a gente ficar sempre de barriga pra cima. Só que, com o nó do uniforme no meio das costas, imagine a dificuldade. Arrepio só de lembrar.
Depois de uma síncope de riso que quase me custa a vida só consigo pensar no pobre Washington, que ao ir à escola em busca de seu uniforme volta pra casa como Rubens e é ridicularizado duas vezes seguidas. No dia em que se borrou e no dia que voltou pra casa de identidade trocada. Mau, Rubinho, mau.
Eu apóio demais a campanha. E mesmo não gostando de camisetas planfletárias também, nesse caso valeria o sacrifício. O único problema seria acordar depois de apenas meia horinha.
A gente dá a mão e esses australianos já querem o braço. Assim não dá, Marceleza! Só pra você aprender, vai ter que deitar do lado do Washington, digo, Rubinho.
Hahahahahahahahahahahaha... que medo de receber um fax!
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