- Pai, olha o que eu construí.
Abaixando o jornal, o pai olhou sem muito interesse o
amontoado de palitos de picolé com forma indefinida. Rapidamente voltou à
leitura e perguntou automático:
- Bonito, filho, o que é?
- Ainda não sei – respondeu o pequeno – primeiro eu
construí, agora preciso inventar.
E assim foi-se a tarde, o jornal relegado a um canto e pai e
filho construindo algo enorme a partir de um amontoado de palitos de picolé: um
hidroavião, um dragão, um castelo. Um pai. Um filho.
Direto na têmpora: Super stupid - Funkadelic
4 comentários:
Meu amigo, que contos bons! Estou vindo de blogue em blogue, desde o do Viegas, e só leio coisa boa. Bom domingo esse de hoje.
Só devo assinalar que o jerico é mesmo alguém muito especial e criativo, subverte o esperado, a ordem, que é algo feito para a gente subverter mesmo. Basta ver que, se no princípio era o caos, desde que a ordem foi instaurada, o mundo só tem ido para o ralo.
Eliane F.C.Lima (Blogues "Poema Vivo", "Literatura em vida 2" e "Conto-gotas")
Obrigado pela visita, Eliane. Eu e o jerico agradecemos.
que delicia esse. tava precisando ler seu blog.
Bom que gostou, Danuza.
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