Pode acontecer, sem aviso ou motivo aparente, que tudo aquilo que nos separa se transforme precisamente naquilo que nos une.
E assim, entre perplexos e ausentes, sentimos que nossas verdades valem nada, que nossas certezas são risíveis, que é preciso entender que a mudança do outro corre paralela à nossa e que é infinita a chance de nos encontrarmos. Por infinitos motivos, em infinitos momentos.
Basta não olhar o passado, basta fazer parte do acaso, basta estar solto e leve como quem não espera. E aí o oceano que separa passa a ser a vasta água que conecta.
E ódio se esvai, líquido pelo ralo.
Direto na têmpora: Always new depths - Bloc Party
2 comentários:
É a graça, Maurilo.
Conseguir ver o ódio e o rancor indo embora.
Valeu, PC, abração!
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