Eu passo boa parte do meu dia tentando não deixar que os outros percebam que eu sou um idiota. Algumas vezes eu consigo, mas quase sempre a coisa é clara demais para ser ignorada.
Na verdade, eu acredito que todo mundo, em variados graus, é idiota aos dezesseis anos, o que não quer dizer que eles precisem continuar sendo ao longo da vida.
Eu, por outro lado, me sinto meio idiota desde que deixei de ser criança. Já fui idiota com gente que não conhecia, idiota no trânsito, idiota comigo mesmo, idiota propositalmente, idiota acidentalmente, idiota com a família, idiota com quem gostava de mim, idiota na escola, idiota no trabalho, idiota no lazer.
Hoje eu convivo melhor com o fato de ser idiota. Eventualmente consigo deter algumas idiotices prestes a sairem da minha boca e já percebo com mais facilidade quando acabei de agir como idiota. Isso não quer dizer que eu esteja melhorando, nada disso, ontem mesmo me surpreendi com minha própria idiotice.
Mas, o importante mesmo é aceitar meu título de Lord Of The Idiots e tentar entender que a idiotice é como o alcoolismo. Está sempre dentro de mim e eu preciso mesmo é seguir em frente e tentar não alimentar o vício.
Direto na têmpora: The motion waltz - Rufus Wainwright
2 comentários:
hahahahahahahaha, muito bom seu post!
e vc nao tem nada de idiota!
bjos
são seus olhos, íglêide
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